Nada
menos que genial, num momento nada menos que propício, num país nada menos que
necessário! O despertador tocou, acordando a geração coca-cola que tanto anseia
por sua própria Primavera. O que antes eram posts nas redes sociais, hoje são
cartazes tomando cor e vida. Se antes o que víamos eram nomes e CPF's em
petições online, agora esses nomes ganharam corpo - corpos esses sujeitos à
marcas em nome de um bem maior - e foram às ruas.
Protesto.
Do verbo protestar, significa insurgir-se contra alguma coisa. Foi assim,
protestando, que milhares de cidadãos em vários pontos do país
apresentaram para a nação o movimento ACORDA BRASIL, cujo principal objetivo é
manifestar suas frustrações enquanto brasileiro indo às ruas e se fazer
existir. Como fora divulgado em todos os veículos informativos e/ou alienantes
- TV, jornais, revistas, internet, etc. -, o movimento veio com força, massa e
conteúdo, surpreendendo de uma forma nada agradável a 'politicagem' do nosso
país.
A
execução dos protestos em forma de passeatas ocorreram de forma
pacífica... no início. Fotos e vídeos comprovam a dura repressão que a Polícia
Militar exerceu sobre os ativistas (aqueles que participam ativamente do
movimento), impressionando a população. Passado o choque inicial, uma das
muitas impressões que ficam é interessante! A semelhança entre essa onda de
manifestações no Brasil e a famosíssima Primavera Árabe é estrondosa. A causa
pela qual esses manifestantes lutam - democracia - nos leva ao seguinte
questionamento: E nós, brasileiros? Será que estamos, de fato, vivendo num
Estado Democrático de Direito? Lembrem-se: qualquer semelhança (não) é mera
coincidência.
Em São
Luís (Maranhão), os ventos da Primavera se aproximam e a juventude anseia por
mudanças. No ACORDA MARANHÃO, o principal protesto é contra à PEC37, projeto de
emenda que, se aprovado, tirará o poder de investigação criminal dos
Ministérios Públicos Estaduais e Federal, alterando a Constituição. O evento ocorrerá
no sábado próximo, 22, na Praça Maria Aragão, às 14:00h. Participe! Venha! Leve
cartazes, leve seus amigos, leve suas ideias, se leve!
As
pessoas não estão nas ruas por conta de R$ 0,20. As pessoas não estão nas ruas
para fazer baderna. As pessoas não estão nas ruas para depredar o patrimônio
público. As pessoas estão nas ruas para protestar! As pessoas estão nas ruas
exigindo seus direitos enquanto cidadãos. Mas, acima de tudo, as pessoas estão
nas ruas pedindo, apelando, implorando pelo inevitável: progresso.
Vem pra
rua, porque a rua é a maior arquibancada do Brasil!
Amanda Drumont.